quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tristeza Morre Matheus, sobrinho de 5 anos de Carla Perez

Morre Matheus, sobrinho de 5 anos de Carla Perez

Morreu no último domingo (11), Matheus Alexandre Soares Sampaio, de cinco anos, sobrinho de Carla Perez. O garoto era filho de Antônio Carlos Junior, irmão de Carla. Segundo informações de pessoas próximas da família Perez, o pequeno Matheus estava internado há alguns dias, reclamando de fortes dores abdominais.

Cleivone, irmã de Carla e tia de Matheus, desabafou em seu perfil no Orkut:

“É com uma grande e profunda dor em meu coração que falo neste momento. Perdi o chão, a razão já não me faz mais tentar crer que algum dia ainda serei mais feliz. Ele era mais que um filho para mim, a criança mais linda, inteligente, querida e AMADA que já existiu. Um pedaço do meu coração foi embora, se partiu. Agora fica mais que saudade, fica um adeus que o Senhor não me permitiu dar”.

Ivone Perez, avó paterna do garoto, contou a um amigo que Matheus foi diagnosticado com Púrpura (trombocitopênica idiopática). Cogita-se que a doença pode ter sido causada por efeito colateral da vacina contra a meningite, mas isso ainda não foi confirmado. Ivone levantou ainda a suspeita de negligência no atendimento médico prestado pelo Hospital Unimed, em Lauro de Freitas, na Bahia.

Conheça esta doença

Segundo o site do Jornal de Pediatria, a púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) geralmente é uma doença autolimitada, cuja forma mais comum de apresentação consiste em breve história de púrpura e feridas em crianças de ambos os sexos, em idades entre dois e dez anos. A PTI pode ser aguda ou crônica. A forma aguda é mais comum em crianças com idades entre dois e seis anos, e 10 a 20% das crianças com PTI evoluem para a forma crônica. A PTI não parece estar relacionada a raça, estilo de vida, clima ou fatores ambientais.

Em crianças, a PTI aguda primária é idiopática e ocorre tipicamente nas mais novas e anteriormente saudáveis, depois de uma doença infecciosa. Os primeiros sintomas de PTI podem aparecer em qualquer idade, e o distúrbio afeta o número total de plaquetas sanguíneas, mas não sua função.

Até o momento, nenhum estudo foi conduzido sobre o assunto no Estado do Catar. Assim, os objetivos deste estudo foram definir o padrão da PTI (aguda/crônica) e descrever sintomas e características clínicas da doença em crianças com idade inferior a 14 anos, no Catar.

Pouco conhecida pela sociedade, a púrpura, que causa manchas roxas pelo corpo, deve ter atenção especial.
Não constituindo uma doença, mas uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais que podem representar diversas causas, tem manifestação variada, podendo ser de pequeno porte, chamada petéquia, ou de maior diâmetro, sendo denominada, neste caso, equimose, como explica a doutora Elaine Sobral da Costa, oncohematologista pediátrica do Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG/ UFRJ).

“As petéquias são manchinhas roxas, do tamanho de mordidas de mosquito, mas não desaparecem quando são comprimidas. Essas manchas podem ou não ter relevo e, em alguns casos, geram sangramentos na gengiva ou em outros locais”, segundo a pediatra.

O aparecimento da púrpura ocorrer por duas razões: por meio de lesões em pequenos vasos sanguíneos, ou devido à diminuição do número ou da função das plaquetas. “As plaquetas são pequenas partículas do sangue, responsáveis por cobrir imediatamente uma lesão vascular para impedir que o sangue extravase. A contagem dessas plaquetas é feita no hemograma completo”, esclarece a doutora.

Existem diversas doenças inflamatórias, infecciosas ou hematológicas que podem causar uma púrpura. Na infância, por exemplo, a presença da síndrome é associada à febre e representa uma emergência médica. “Nesse caso, é preciso atenção porque uma doença infecciosa muito grave, chamada meningococcemia, se apresenta desta forma e tem um curso extremamente grave. Nesta doença, a bactéria provoca uma alteração vascular chamada vasculite”.

Outra causa frequente de púrpura na infância é uma destruição das plaquetas, que ocorre, geralmente, em torno de 15 dias após um quadro infeccioso ou por uso de alguns remédios, chamada púrpura trombocitopênica imunológica (PTI).

Neste caso, o organismo, para se defender de uma infecção ou de outro estímulo qualquer, produz anticorpos que, por engano, reconhecem e destroem as plaquetas do sangue. Em 85% dos casos, esse quadro se reverte sem medicação, em três a quatro semanas. Mas, pode ser necessário tratamento, se há sangramento ou contagens de plaquetas muito baixas.

Por: Michel Telles, de Salvador

Foto: Ag.News


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